Durante milhões de anos as orcas (baleias assassinas) permaneceram no topo da cadeia alimentar, mas os resíduos industriais vem ameaçando a sobrevivência da espécie. A substância bifenilpoliclorado – PCB (polychlorinated biphenyl) – resulta de uma mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo. Por suas propriedades serem extremamente convenientes – não entram em combustão –, tem estabilidade térmica e química, sendo resistente a bases e ácidos. Um produto muito utilizado na indústria e bastante empregado em fluídos elétricos, lubrificantes hidráulicos, tinhas e adesivos.
O grande problema é a forma de descarte desse material. Os PCBs acabam se acumulando, passando de indivíduo para indivíduo ao longo da cadeia alimentar, ou seja, quem está no topo absorve uma maior quantidade da substância química. A decomposição do produto é lenta.
As substâncias descartadas chegam ao ambiente marinho e são assimiladas pelos fitoplanctos. Em seguida, os zooplanctos os ingerem junto com as doses de PCBs e peixes pequenos comem eles, depois devorados por peixes maiores e, assim, consecutivamente na cadeia alimentar. Desta forma, todas as espécies acumulam o bifenilpoliclorado
Em 2004, na Convenção de Estocolmo sobre Poluente Orgânicos Persistentes firmou-se um compromisso mundial para que o uso desse produto fosse abolido, justamente por conta dos danos ao meio ambiente. Diversos países assinaram o termo, comprometendo-se a eliminar gradualmente os estoques existentes da substância. No Brasil, o PCB não é usado desde 1981, porém ainda existem equipamentos antigos contendo esse material.
Uma pesquisa publicada pela revista Science mostrou o despeito dos esforços das últimas quatro décadas em todo o mundo para erradicar a aplicação industrial desse derivado do petróleo, pois os efeitos ainda são sentidos pela natureza.
Cientistas compararam os dados históricos com os resultados de análises atuais, onde foi estudado mais de 350 orcas, tratando-se da maior pesquisa feita sobre animais da história. E, o resultado foi surpreendente, já que constatou mais de 50% das populações de baleias assassinas de todo o mundo estão severamente afetadas pela substância.
Por esse motivo, a Inovar Ambiental trabalha com o gerenciamento correto de resíduos industriais, desde a coleta ao tratamento dos mesmos. Contribuindo para um futuro mais sustentável com responsabilidade ambiental, colaborando para a sobrevivência desses animais.