A campanha eleitoral de 2018 apresentou poucos debates sobre os desafios do meio ambiente. Nas propostas de governo entregue, pelo presidente eleito, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a questão é tratada de forma diversa.
O candidato Jair Bolsonaro propõe junção dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura e a extinção de órgãos de fiscalização ambiental, investimento em energia limpa no Nordeste e prazo menor para concessão de licenças ambientais. Porém, a união não irá acontecer.
Na proposta do candidato do PSL, não há menção direta ao tema. No trecho dedicado à agricultura, a proposta aponta, sem detalhes, um novo modelo institucional para o setor e que o primeiro passo é sair da situação atual onde instituições relacionadas ao setor estão espalhadas e loteadas em vários ministérios, reunindo-as em uma só pasta.
O documento sugere que será criada uma nova estrutura federal agropecuária que teria as seguintes atribuições: Política e Economia Agrícola (inclui comércio), Recursos Naturais e Meio Ambiente Rural, Defesa Agropecuária, Segurança Alimentar, Pesca e Piscicultura, Desenvolvimento Rural Sustentável (Atuação por Programas) e Inovação Tecnológica.
Ainda na área de agricultura, a proposta de governo prevê atender as demandas de segurança no campo; solução para a questão agrária; logística de transporte e armazenamento; uma só porta para atender as demandas do agro e do setor rural; políticas especificas para consolidar e abrir novos mercados externos e diversificação.
O candidato destaca que o Nordeste será uma das regiões mais beneficiadas por um novo modelo de energia e que pode se tornar a base de uma nova matriz energética limpa, renovável e democrática. O programa pretende expandir não somente a produção de energia, mas toda a cadeia produtiva, como instalação e manutenção de painéis fotovoltaicos, além de firmar parceria com universidades locais para o desenvolvimento de novas tecnologias e instalação de indústrias que tem uso intensivo de energia elétrica.