Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) Ribeirão Preto desenvolveram um método que oferece uma destinação diferente para os resíduos industriais das fábricas de papel. Isso porque os cientistas conseguiram produzir bioetanol a partir do lodo branco, um dos principais vestígios da indústria da área.
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Em entrevista ao Jornal da USP, o biólogo Jorge Henrique Almeida Betini contou que utilizou enzimas fúngicas para quebrar as moléculas do lodo branco. Com isso, ele também mencionou que, como a maior parte do resíduo é composta por fibras microscópicas de celulose e restos de amido – ou seja, formadas por vários seguimentos de açúcares. Ao colocar as enzimas fúngicas, as moléculas de celulose e amido se separam em açúcares menores que alimentam a levedura Saccharomyces cerevisiae que, por coincidência ou não, é a mesma da produção do etanol.
Fim para os resíduos é mais sustentável
Ainda em entrevista ao jornal, o especialista lembrou também que a produção do biocombustível a partir do resíduo industrial oferece valor agregado no destino desse vestígio. Sendo assim, o processo automaticamente contribui para a diminuição dos impactos na natureza, já que reduz a retirada de recursos naturais (utilizadas para biocombustível) e a utilização de áreas plantadas.
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