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Fevereiro Roxo e Laranja: Um mês para unir forças contra doenças crônicas

O mês de fevereiro “veste a camisa” roxo e laranja possuem cores vibrantes, que carregam a missão de conscientizar a população sobre quatro doenças crônicas que impactam milhões de pessoas em todo o mundo: Doença de Alzheimer, Lúpus, Fibromialgia e Leucemia.

Embora distintas em suas características, as doenças compartilham a necessidade de um maior conhecimento, diagnóstico precoce e apoio aos pacientes e seus familiares. O Fevereiro Roxo e Laranja surge como um momento crucial para unir forças na luta contra essas doenças, promovendo informações sobre a causa e ações que contribuam para a qualidade de vida dos pacientes.

Desvendando as Doenças:

Doença de Alzheimer (DA):

A Doença de Alzheimer (DA) é neurodegenerativa e progressiva, afetando principalmente a memória, o pensamento e o comportamento. Assim, é a forma mais comum de demência: estima-se que existam mais de 55 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo, número que deve triplicar até 2050. Acima de 65 anos, a prevalência é de cerca de 5%, e dobra a cada cinco anos. A doença é mais comum em mulheres, mas também afeta homens.

No Brasil, estima-se que existam cerca de 1,2 milhão de pessoas com Alzheimer, de acordo com dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Alzheimer. No entanto, este número pode ser subestimado, pois muitos casos ainda não são diagnosticados. A cada ano, cerca de 100 mil novos casos da doença são detectados no país.

A doença se caracteriza pelo acúmulo de placas amiloides e emaranhados neuro fibrilares no cérebro, que causam a degeneração de neurônios e a perda de conexões sinápticas. Essa degeneração leva a um declínio gradual das funções cognitivas, como:

  • Memória: Perda de memória recente, esquecimento de nomes e eventos importantes, dificuldade em aprender coisas novas; 
  • Pensamento: Dificuldade em se concentrar, tomar decisões, resolver problemas e realizar tarefas complexas; 
  • Linguagem: Dificuldade em encontrar palavras, problemas para se comunicar e compreender linguagem complexa; 
  • Comportamento: Mudanças de humor, irritabilidade, apatia, desorientação espacial e temporal.

O Alzheimer progride em fases:

  • Fase Leve: Perda de memória recente, esquecimento de nomes e eventos, dificuldade em aprender coisas novas; 
  • Fase Moderada: Dificuldade em realizar tarefas do dia a dia, como se vestir, cozinhar e tomar banho. Mudanças de humor e comportamento; 
  • Fase Grave: Perda da capacidade de comunicação e de reconhecimento de familiares e amigos. Necessidade de ajuda para todas as atividades da vida diária.

Atualmente, não há cura, mas existem tratamentos que podem ajudar a retardar a progressão da doença e aliviar os sintomas, mas algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvê-la, como:

  • Manter uma vida ativa e saudável: Praticar exercícios físicos regularmente, ter uma alimentação balanceada, dormir bem e controlar o estresse; 
  • Manter a mente ativa: Ler, fazer jogos de lógica e palavras cruzadas, aprender coisas novas e participar de atividades sociais; 
  • Realizar exames médicos regulares: A partir dos 65 anos, é importante realizar exames para avaliar a saúde mental e cognitiva.

Cuidar de uma pessoa com Alzheimer é complexo. Dessa maneira, é importante buscar apoio de familiares, amigos, profissionais de saúde e grupos de apoio.

A Doença de Alzheimer é um desafio para a saúde pública e para as famílias afetadas. No entanto, com pesquisa, informação e apoio, podemos construir um futuro com mais esperança para quem enfrenta essa doença.

Lúpus:

O lúpus eritematoso sistêmico (LES), mais conhecido como lúpus, é uma doença autoimune crônica que faz com que o sistema imunológico ataque os próprios tecidos e órgãos do corpo. Essa “dança das borboletas”, como é chamada, pode afetar diversos sistemas, como articulações, pele, rins, pulmões, coração e sistema nervoso central.

Estima-se que existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus no Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). A doença é mais comum em mulheres, com uma proporção de 9 a cada 10 casos. A maior incidência ocorre entre os 20 e 45 anos de idade, mas pode se manifestar em qualquer faixa etária. Outros fatores de risco são a etnia, pois é mais comum em pessoas afrodescendentes e mestiças, além de fatores genéticos e ambientais.

A apresentação do lúpus é complexa e varia de pessoa para pessoa. Os sintomas podem ser leves ou graves e podem incluir:

  • Fadiga extrema: Sensação de cansaço intenso e persistente, mesmo após o descanso; 
  • Dor nas articulações e músculos: Acomete principalmente as articulações menores, como mãos, pulsos e joelhos; 
  • Febre sem causa aparente, geralmente baixa e persistente; 
  • Erupção cutânea: Vermelhidão e sensibilidade à luz solar, principalmente no rosto, em forma de “asa de borboleta”; 
  • Problemas renais: Inchaço nas pernas, alterações na urina e pressão alta; 
  • Problemas pulmonares: Falta de ar, tosse e dor no peito; 
  • Problemas neurológicos: Dor de cabeça, tontura, convulsões e alterações de memória e concentração.

O diagnóstico do lúpus pode ser desafiador, pois seus sintomas podem imitar outras doenças. É fundamental consultar um médico se você apresentar algum dos sintomas mencionados. A identificação é feita com base em uma combinação de:

  • Histórico médico e sintomas: Detalhes sobre os sintomas, histórico familiar e outros problemas de saúde; 
  • Exames físicos: Avaliação das articulações, pele, olhos e outros órgãos; 
  • Exames laboratoriais: Testes de sangue e urina para verificar a presença de autoanticorpos, alterações na função renal e outros indicadores da doença.

O tratamento do lúpus visa controlar a inflamação e prevenir danos aos órgãos. As opções de tratamento podem incluir:

  • Medicamentos anti-inflamatórios: Como corticosteroides e antimaláricos, para reduzir a inflamação e aliviar os sintomas; 
  • Imunossupressores: Para controlar o sistema imunológico e prevenir o ataque aos próprios tecidos; 
  • Medicamentos para tratar os sintomas específicos: Como analgésicos, antibióticos e antidepressivos, quando necessário.

Embora não haja cura, com tratamento adequado e acompanhamento médico regular, é possível controlar a doença e viver uma vida plena e significativa.

Algumas dicas para viver com lúpus:

  • Siga as orientações médicas: Tome os medicamentos prescritos e realize os exames de acompanhamento regularmente; 
  • Proteja-se do sol: Use protetor solar com fator de proteção alto, roupas que cubram a pele e chapéu ao sair ao sol;
  • Tenha uma alimentação saudável: Consuma alimentos nutritivos e evite alimentos que podem desencadear os sintomas;
  • Pratique exercícios físicos: A atividade física regular ajuda a melhorar a qualidade de vida e reduzir a fadiga;
  • Mantenha o estresse sob controle: Técnicas de relaxamento como yoga, meditação e respiração profunda podem ser úteis;
  • Participe de grupos de apoio: Compartilhar experiências com outras pessoas que vivem com lúpus pode ser uma fonte de conforto e informação.

O lúpus é uma doença complexa, mas com conhecimento, tratamento adequado e apoio, é possível viver uma vida plena e significativa. Junte-se à luta contra o lúpus e ajude a espalhar a informação sobre essa doença.

Fibromialgia:

Conhecida como “sinfonia de dor invisível”, a fibromialgia é uma síndrome crônica que causa dor musculoesquelética generalizada, fadiga extrema e outros sintomas, como distúrbios do sono, cognitivos e emocionais. A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) aponta que as mulheres são as mais atingidas, com cerca de 90% dos casos.

Estima-se que entre 2% e 12% da população adulta brasileira tenha fibromialgia, o que significa que cerca de 4,4 milhões e 26,4 milhões de pessoas no país podem ser afetadas pela doença.

A fibromialgia se caracteriza por:

  • Dor musculoesquelética generalizada: Dor e rigidez em diversos pontos do corpo, principalmente nos músculos, tendões e articulações; 
  • Fadiga extrema: Sensação de cansaço intenso e persistente, mesmo após o descanso; 
  • Distúrbios do sono: Dificuldade para adormecer e permanecer dormindo, sono não reparador; 
  • Problemas cognitivos: Dificuldade de concentração, memória e atenção (“fibrofog”); 
  • Problemas emocionais: Depressão, ansiedade, estresse e alterações de humor. 

O diagnóstico pode ser desafiador, pois não há um exame específico para a doença. É feito pela equipe médica com base em:

  • Histórico médico e sintomas: Detalhes sobre a dor, fadiga, sono e outros sintomas, histórico familiar e outros problemas de saúde; 
  • Exame físico: Avaliação da dor em pontos específicos do corpo; 
  • Exames laboratoriais: Para descartar outras doenças que podem causar sintomas semelhantes.

O tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. As opções podem incluir:

  • Medicamentos: Analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes e outros medicamentos para controlar a dor, fadiga, distúrbios do sono e outros sintomas;
  • Fisioterapia: Exercícios físicos específicos para fortalecer os músculos e melhorar a flexibilidade.
  • Terapia ocupacional: Adaptação de atividades diárias para reduzir a dor e fadiga;
  • Terapia psicológica: Para lidar com os aspectos emocionais da doença, como depressão e ansiedade.

O apoio social é fundamental para pessoas com fibromialgia. Amigos, familiares e grupos de apoio podem oferecer compreensão e informação. A fibromialgia é uma doença crônica, mas com tratamento adequado e apoio, é possível viver uma vida plena e significativa. Junte-se à luta contra a fibromialgia e ajude a espalhar a informação sobre essa doença.

Leucemia:

A leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue, responsáveis por defender o corpo contra infecções. Essa “sinfonia inesperada de células anormais”, como é conhecida, pode se desenvolver em qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adultos mais velhos. A leucemia linfoide aguda (LLA) é mais comum em crianças, enquanto a leucemia mieloide aguda (LMA) é mais comum em adultos.

No Brasil, estima-se que existam cerca de 10.000 novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), colocando a doença na posição de 13º tipo de câncer mais frequente no País. Somente em 2020, foram registrados 5.920 casos em homens e 4.890 em mulheres.

Os sintomas variam de acordo com o tipo da doença e o estágio de desenvolvimento. Alguns dos mais comuns incluem:

  • Fadiga extrema: Sensação de cansaço intenso e persistente, mesmo após o descanso;
  • Infecções frequentes, devido à diminuição da capacidade do corpo de combater infecções;
  • Sangramentos: Hemorragias nasais, sangramento nas gengivas, sangramento vaginal anormal;
  • Petequias: Pequenas manchas vermelhas na pele causadas por sangramento;
  • Febre sem causa aparente;
  • Dor nos ossos e articulações;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos: Aumento do tamanho dos gânglios linfáticos no pescoço, axilas e virilha.

O diagnóstico é feito por um médico com base em:

  • Histórico médico e sintomas: Detalhes sobre os sintomas, histórico familiar e outros problemas de saúde;
  • Exame físico: Avaliação da presença de anemia, sangramentos, petequias e inchaço dos gânglios linfáticos;
  • Exames laboratoriais: Exames de sangue para verificar a contagem de glóbulos brancos, plaquetas e hemácias, e para identificar células leucêmicas;
  • Exame de medula óssea: Aspiração ou biópsia da medula óssea para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo de leucemia.

O tratamento depende do tipo da doença, idade e saúde geral do paciente. As opções podem incluir:

  • Quimioterapia: Uso de medicamentos para destruir as células leucêmicas;
  • Radioterapia: Uso de radiação para destruir as células leucêmicas;
  • Terapia-alvo: Uso de medicamentos que atacam as células leucêmicas de forma específica;
  • Transplante de medula óssea: Substituição da medula óssea doente por uma medula óssea saudável de um doador compatível.

O prognóstico da leucemia depende do tipo da doença, idade e saúde geral do paciente. Com o tratamento adequado, muitos pacientes podem alcançar a remissão completa da doença.

Algumas dicas para lidar com a leucemia:

  • Siga as orientações médicas: Tome os medicamentos prescritos e realize os exames de acompanhamento regularmente;
  • Mantenha uma boa higiene: Lave as mãos frequentemente e evite contato com pessoas doentes.
  • Alimente-se de forma saudável: Consuma alimentos nutritivos e evite alimentos que podem aumentar o risco de infecções;
  • Descanse bastante: O descanso é essencial para a recuperação do corpo;
  • Busque apoio emocional: Converse com amigos, familiares ou um profissional de saúde mental sobre seus sentimentos e preocupações.

A leucemia é uma doença grave, mas com tratamento adequado e apoio, muitos pacientes podem viver uma vida plena e significativa. Junte-se à luta contra a leucemia e ajude a espalhar a informação sobre essa doença.

Fevereiro Roxo e Laranja: Ações para a Mudança

  1. Compartilhe conhecimento: Divulgue informações sobre as doenças em suas redes sociais, converse com amigos e familiares e incentive a participação em eventos e campanhas de conscientização.
  2. Apoie entidades e pacientes: Doe para instituições que apoiam pesquisas e oferecem suporte aos pacientes, participe de grupos de apoio e voluntariado e seja um agente de mudança na vida de quem precisa.
  3. Adote hábitos saudáveis: Pratique exercícios físicos regularmente, tenha uma alimentação balanceada, durma bem e controle o estresse. Essas medidas podem ajudar a prevenir doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida.
  4. Incentive o diagnóstico precoce: Esteja atento aos sinais e sintomas das doenças e procure um médico ao notar qualquer alteração. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
  5. Seja tolerante e empático: As doenças crônicas podem trazer desafios físicos e emocionais para os pacientes. Seja compreensivo, ofereça apoio e incentive a busca por ajuda profissional quando necessário.

O Fevereiro Roxo e Laranja é um convite à ação, um momento para unirmos forças na luta contra doenças crônicas que impactam a vida de milhões de pessoas. Através da informação, do apoio e da adoção de hábitos saudáveis, podemos construir um futuro mais saudável e com mais qualidade de vida para todos.

Vamos juntos vestir a camisa da prevenção e fazer a diferença!

 

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