Abril verde: vamos refletir sobre a segurança no trabalho
O Abril Verde é um mês dedicado a conscientizar sobre a segurança da saúde e segurança no trabalho. Instituída no Brasil pela Lei nº 11.121/2005, busca alertar trabalhadores, empresas e sociedade sobre os riscos de acidentes e doenças ocupacionais, além de promover a prevenção. É um compromisso com a vida e o bem-estar de todos, um momento para refletir sobre as medidas que podem ser tomadas para garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável. As consequências dos acidentes de trabalho vão além do afastamento do trabalhador. Elas afetam as pessoas e suas famílias física e emocionalmente, geram diminuição ou perda de renda, redução da produtividade e impactam o sistema previdenciário.
No Brasil, somente durante o ano de 2022, foram registrados mais de 612 mil acidentes de trabalho, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (OBST). 2.538 trabalhadores perderam a vida em decorrência destes acidentes, ou seja, uma média de 7 pessoas por dia. Ao longo dos últimos dez anos, foram mais de 25 mil trabalhadores que morreram em acidentes de trabalho no Brasil.
As responsabilidades na prevenção são compartilhadas: empresas e trabalhadores têm papeis a desempenhar, seja através da adoção de medidas de segurança individuais, com o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs), ou seja através da participação ativa em programas de prevenção de riscos.
Há os acidentes típicos, que são causados por agentes físicos, químicos, biológicos ou ergonômicos, e as doenças ocupacionais, que são aquelas relacionadas ao trabalho, como pneumoconiose, silicose e lesão por esforço repetitivo (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT).
Os setores mais afetados são os de Serviços (22,4%), Indústria (18,5%) e Agropecuária (13,4%).
Fatores de risco:
Exposição a agentes físicos, químicos e biológicos.
Condições ergonômicas inadequadas.
Falta de treinamento e capacitação dos trabalhadores.
Desgaste físico e mental.
Jornada de trabalho excessiva.
Falta de cultura de segurança do trabalho.
Medidas para prevenir acidentes:
Implementação de programas de segurança e saúde no trabalho (PGRST).
Treinamento e capacitação dos trabalhadores.
Fornecimento de EPIs adequados.
Realização de exames médicos periódicos.
Criação de um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Seguir as normas regulamentadoras (NRs) também colabora com a redução de riscos. Conheça algumas delas:
NR-01: Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais: define os princípios básicos da segurança no trabalho e estabelece a obrigatoriedade da empresa em gerenciar os riscos ocupacionais.
NR-06: Equipamento de Proteção Individual – EPI: determina a obrigatoriedade da empresa em fornecer EPIs adequados aos seus trabalhadores e estabelece regras para o seu uso correto.
NR-07: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO: torna obrigatória a implementação do PCMSO nas empresas, com o objetivo de preservar a saúde dos trabalhadores através de exames médicos periódicos.
NR-09: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA: estabelece a obrigatoriedade da empresa em elaborar e implementar o PPRA para identificar, avaliar e controlar os riscos ambientais existentes no local de trabalho.
NR-10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: define as medidas de segurança que devem ser tomadas em instalações elétricas e em serviços com eletricidade.
NR-33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: estabelece as medidas de segurança que devem ser tomadas em espaços confinados para garantir a segurança dos trabalhadores.
Além das NRs, outras legislações também são importantes para a segurança no trabalho, como:
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): dedica um capítulo à segurança e saúde do trabalho, definindo os direitos e deveres dos trabalhadores e das empresas.
Lei nº 8.213/91: dispõe sobre Planos de Benefícios e define a obrigatoriedade das empresas em fornecer seguro contra acidentes de trabalho.
Abril azul: igualdade, respeito e inclusão
O mês de Abril também celebra e conscientiza sobre a neurodiversidade, com foco em informar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, busca promover a igualdade, o respeito e a inclusão.
O TEA é um conjunto de características que afetam a forma como a pessoa interage com o mundo ao seu redor. As principais são: dificuldades de comunicação e interação social; comportamentos repetitivos, que incluem rotinas e rituais rígidos, estereotipias e apego a objetos; e sensibilidade sensorial, ou seja, hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos como luz, som, toque, cheiro e/ou sabor.
A estimativa é que sejam mais de 2 milhões de pessoas com autismo no Brasil. Estudos recentes apontam, ainda, para um crescimento da prevalência do autismo, com estimativas que variam entre 1 e 36 a cada 100 indivíduos. Esta falta de dados concretos também dificulta a obtenção de estatísticas precisas e também dificulta as ações políticas públicas sobre o tema.
O diagnóstico do TEA ainda enfrenta desafios, especialmente no diagnóstico e sobre a disparidade no acesso a serviços de saúde e profissionais qualificados para o diagnóstico e acompanhamento.
Pessoas com autismo:
- Maioria do sexo masculino: apesar do aumento no diagnóstico em mulheres, a prevalência do TEA ainda é maior entre homens, segundo os dados existentes.
- Comorbidades: pessoas com TEA podem apresentar comorbidades com outras condições, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e epilepsia.
É importante quebrar e combater os mitos e preconceitos que cercam o autismo! Pessoas com autismo são capazes de aprender, desenvolver-se e viver uma vida plena. Aprenda sobre o autismo, lute contra o preconceito e promova a inclusão social das pessoas com autismo!
Compartilhe as informações e, juntos, construímos um mundo e uma sociedade melhores!