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Coprocessamento: A Solução Sustentável para a Gestão de Resíduos e Redução de CO₂

O coprocessamento é uma tecnologia sustentável que tem ganhado destaque na indústria de cimento como uma ferramenta poderosa para reduzir a emissão de CO₂ e promover a destinação ambientalmente correta de resíduos.  

 

Por meio da substituição de combustíveis fósseis, como o coque de petróleo, por combustíveis alternativos derivados de resíduos não recicláveis, o coprocessamento representa uma solução eficiente e alinhada aos princípios da economia circular. 

 

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Como funciona o coprocessamento? 

 

 

Os fornos da indústria cimenteira, que atingem temperaturas de até 1.500°C, demandam altos níveis de energia térmica para transformar matérias-primas como calcário, argila e minério de ferro em clínquer, base do cimento. Nesse processo, resíduos não recicláveis são completamente destruídos, aproveitando seu potencial energético sem gerar passivos ambientais. 

 

Essa abordagem não apenas evita o descarte inadequado de resíduos em aterros, mas também reduz a demanda por combustíveis fósseis, contribuindo significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. 

 

Os benefícios do coprocessamento 

 

  • Redução das emissões de CO₂: substituir combustíveis fósseis por resíduos no processo produtivo diminui as emissões diretas da indústria. 
  • Destinação adequada de resíduos: resíduos que antes eram descartados em aterros agora são utilizados como fonte de energia limpa. 
  • Economia circular: a transformação de resíduos em recursos promove um ciclo sustentável, alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 17, da ONU. 
  • Segurança ambiental: as altas temperaturas dos fornos garantem a destruição completa dos resíduos, sem gerar novos rejeitos. 

 

Quais resíduos podem ser coprocessados? 

 

O coprocessamento é destinado a resíduos não recicláveis, conhecidos como CDR (Combustível Derivado de Resíduo). Entre os principais estão: 

  • Resíduos sólidos industriais e urbanos: EPIs contaminados, filtros de óleo, espumas, isopor, embalagens metalizadas e papéis plastificados. 
  • Resíduos líquidos e pastosos: borras de tinta, lodos de estação de tratamento e resíduos oleosos. 
  • Resíduos agrícolas e biomassas: caroços de açaí, cascas de arroz, bagaço de cana e coco de babaçu. 

Esses resíduos, que muitas vezes representam um passivo ambiental significativo, são transformados em uma solução sustentável para a indústria e o meio ambiente. 

 

Coprocessamento no Brasil: história e impacto 

 

O coprocessamento foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1991 pela Votorantim Cimentos, com o uso de pneus inservíveis como combustível alternativo. Desde então, a tecnologia evoluiu, incorporando diversos tipos de resíduos. 

 

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305/10, o Brasil adota a hierarquia na gestão de resíduos, priorizando a redução, reutilização e reciclagem. O coprocessamento é uma alternativa complementar dentro dessa cadeia, contribuindo para uma destinação final mais responsável. 

 

Dados da Abrelpe revelam que o Brasil ainda descarta inadequadamente 39% dos resíduos sólidos urbanos gerados anualmente. O coprocessamento surge como uma solução prática e eficiente para enfrentar esse desafio. 

 

Economia circular na prática 

 

O coprocessamento reflete os princípios da economia circular, ao transformar resíduos antes descartados em insumos valiosos para a indústria. Além disso, promove parcerias entre diferentes setores da economia, potencializando o reaproveitamento de materiais e reduzindo a dependência de recursos naturais não renováveis. 

 

Empresas dos setores agrícola, químico, alimentício e automobilístico, entre outros, já utilizam essa tecnologia como parte de suas estratégias de sustentabilidade. 

 

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A Inovar Ambiental 

    

A Inovar Ambiental acredita que o correto gerenciamento de resíduos não deve levar em conta apenas os acidentes decorrentes dos efeitos imediatos. Riscos com efeitos de longo prazo também devem ser igualmente considerados nesse trabalho, assim como uma coleta periódica e a observância do grau de toxicidade de cada tipo de substância.                   

                    

Localizada na cidade de Santa Luzia em Minas Gerais, a Inovar Ambiental tem a sustentabilidade como seu norte. Destinar um resíduo de forma correta é, acima de tudo, um ato de amor ao meio ambiente, à saúde pública e às próximas gerações. Confira mais sobre a Inovar Ambiental visitando nosso site, Facebook e Instagram.    

 

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