Muito se fala sobre os diferentes tipos de embalagens e sua reciclagem, mas nem sempre a sua denominação é clara, provocando dúvidas no consumidor tanto no momento de adquirir um produto quanto em seu descarte. Dois desses conceitos envolvem a reciclagem, os termos reciclável e reciclado. O primeiro indica um produto fabricado com material plástico que, após cumprir sua finalidade inicial pode passar por um novo processo de transformação, originando nossos produtos. Já reciclado, indica que o produto foi produzido com uma matéria prima recuperada.
A discussão sobre o consumo de determinados plásticos também gera confusão. Os convencionais são de origem fóssil e derivados do petróleo. Esse plástico pode ser reciclado, ou seja, posteriormente a sua primeira aplicação ele pode voltar para a indústria e se transformar em um outro produto para os segmentos de construção civil, automotivo, entre tanto outros.
O bioplástico, por exemplo, possui as mesmas propriedades do plástico convencional, mas se difere por ter como matéria prima fontes renováveis, como soja, cana de açúcar, amido de arroz e milho. Embora sua fonte seja de origem renovável, não necessariamente o bioplástico será biodegradável, embora seja possível reciclá-lo.
Já o plástico biodegradável é aquele que ao término do seu ciclo de vida sofre processo de compostagem em até 180 dias pela ação de microrganismos, sob condições especificas de calor, umidade, luz, oxigênio e nutrientes orgânicos. E, o oxidegradável, é comercializado em muitos países com o apelo de proporcionar a biodegradação, porém não é verdade. Uma pesquisa alerta que os plásticos que recebem aditivos oxidegradáveis para acelerar seu processo de degradação não se degradam em resíduos inofensivos. Pelo contrário, se fragmentam em pequenos pedaços, contribuindo para a poluição microplástica, tornando-se um risco para oceanos e outros ecossistemas.