Março é o mês dedicado à mulher! Mais do que o Dia Internacional da Mulher, conta também com duas campanhas importantes que visam conscientizar sobre a saúde feminina: o Março Lilás, que foca na prevenção do câncer de colo do útero, e o Março Amarelo, que conscientiza sobre a endometriose.
Câncer de colo do útero:
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente em mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de mama e do câncer de pele não melanoma. Apesar de ser uma doença grave, é altamente prevenível e curável quando detectado precocemente. Este tipo de câncer se desenvolve no colo do útero, que é a parte inferior do útero que se conecta à vagina. A principal causa da doença é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), um vírus sexualmente transmissível.
Sintomas:
- Sangramento vaginal anormal, principalmente após a relação sexual.
- Corrimento vaginal anormal, com odor fétido ou sanguinolento.
- Dor durante a relação sexual.
- Dor pélvica.
- Sangramento menstrual intenso e prolongado.
- Dificuldade em urinar ou evacuar.
Causas:
- Infecção persistente pelo HPV.
- Início precoce da atividade sexual.
- Múltiplos parceiros sexuais.
- Imunossupressão.
- Tabagismo.
Diagnóstico:
O diagnóstico do câncer de colo de útero acontece através do exame preventivo Papanicolau, que deve ser realizado anualmente por todas as mulheres com mais de 25 anos. Outros exames que podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico são a colposcopia e a biópsia.
Tratamento:
O tratamento do câncer de colo de útero depende da gravidade da doença e da idade da mulher. As opções de tratamento podem incluir:
- Cirurgia para remover o tumor.
- Radioterapia para destruir as células cancerígenas.
- Quimioterapia para destruir as células cancerígenas que se espalharam para outras partes do corpo.
Prevenção:
A principal forma de prevenir o câncer de colo de útero é a vacinação contra o HPV. A vacina é segura e eficaz e pode ser aplicada em meninas e mulheres de 9 a 45 anos.
Outras medidas de prevenção incluem:
- Usar preservativos durante a relação sexual.
- Limitar o número de parceiros sexuais.
- Fazer o exame preventivo Papanicolau anualmente.
O câncer de colo de útero é uma doença grave, mas que pode ser prevenida e curada quando detectada precocemente. A vacinação contra o HPV e a realização regular do exame preventivo Papanicolau são medidas essenciais para proteger a saúde da mulher.
Endometriose:
A endometriose, doença crônica que afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva, ainda é cercada por tabus e desinformação. A dor intensa e outros sintomas debilitantes podem ter um impacto significativo na vida das mulheres, muitas vezes sem o devido reconhecimento e apoio. Esta doença se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, geralmente em órgãos da pelve como ovários, trompas de Falópio e peritônio. Esse tecido ectópico responde aos hormônios do ciclo menstrual, causando sangramento e inflamação, que podem resultar em dor intensa e outros sintomas.
Sintomas:
- Dor pélvica: Principal sintoma, geralmente durante a menstruação, podendo ser tão intensa a ponto de incapacitar a mulher para suas atividades diárias.
- Dor durante a relação sexual: A dor pode ser profunda e pontual, tornando a relação sexual desconfortável ou até mesmo impossível.
- Dor ao evacuar ou urinar: A endometriose pode afetar os intestinos e a bexiga, causando dor durante a evacuação ou micção.
- Sangramento menstrual intenso e prolongado: O sangramento pode ser excessivo e durar mais de sete dias, impactando a qualidade de vida da mulher.
- Infertilidade: A endometriose pode dificultar a engravidar, afetando o sonho da maternidade.
- Fadiga crônica: A dor crônica e a inflamação podem levar à fadiga extrema, impactando a energia e disposição da mulher.
- Náuseas e vômitos: Sintomas frequentes, especialmente durante a menstruação.
- Diarreia ou constipação: A endometriose pode afetar o funcionamento intestinal, causando alterações no ritmo intestinal.
Causas:
A causa exata da endometriose ainda é desconhecida, mas estudos apontam que diversos fatores podem estar envolvidos:
- Menstruação retrógrada: O sangue menstrual flui para as trompas de Falópio e cai na cavidade pélvica, implantando-se em outros órgãos.
- Fatores genéticos: Parentes de primeiro grau com endometriose aumentam o risco de desenvolver a doença.
- Fatores hormonais: Desequilíbrios hormonais podem contribuir para o crescimento do tecido endometrial fora do útero.
- Fatores imunológicos: Alterações no sistema imunológico podem dificultar a eliminação do tecido endometrial ectópico.
Diagnóstico:
O diagnóstico da endometriose pode ser desafiador e demorado, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças. O médico pode solicitar exames como:
- Ultrassom transvaginal: Exame de imagem que permite visualizar os órgãos pélvicos e identificar possíveis focos de endometriose.
- Ressonância magnética: Exame de imagem mais detalhado que pode detectar focos de endometriose em locais de difícil acesso pelo ultrassom.
- Laparoscopia: Cirurgia minimamente invasiva que permite a visualização direta dos órgãos pélvicos e a confirmação do diagnóstico.
Tratamento:
O tratamento da endometriose depende da gravidade dos sintomas, da idade da mulher e do seu desejo de engravidar. As opções de tratamento podem incluir:
- Analgésicos e anti-inflamatórios: Para aliviar a dor e a inflamação.
- Pílulas anticoncepcionais: Regulam os hormônios e podem reduzir o crescimento do tecido endometrial.
- Progestógenos: Hormônios que podem ajudar a reduzir o crescimento do tecido endometrial.
- GnRH agonistas e antagonistas: Hormônios que suprimem a produção de estrogênio e progesterona, levando à atrofia do tecido endometrial.
- Cirurgia: Opção para casos mais graves, quando os outros tratamentos falharam ou quando há necessidade de remover focos de endometriose profunda.
As campanhas Março Lilás e Amarelo são importantes para que as mulheres se informem sobre as doenças que as afetam. A informação é o primeiro passo para a prevenção e o tratamento precoce. Cuidados simples como exames preventivos regulares, alimentação saudável, atividade física, sono regular, controle do estresse e check-ups médicos frequentes podem salvar vidas!
Cuidar da saúde da mulher é essencial para o seu bem-estar físico e mental.
Lembre-se:
Você não está sozinha. Há muitas mulheres que enfrentam estes desafios e, juntas, podem fazer a diferença!