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Resíduos industriais em Minas Gerais

O estado de Minas Gerais tem um histórico industrial expressivo e enfrenta o desafio da gestão eficiente dos resíduos industriais. Dessa maneira, a produção da indústria, impulsionadora da economia mineira, gera como subproduto uma quantidade significativa de materiais que exigem manejo adequado para evitar impactos ao meio ambiente e à saúde pública. 

Neste panorama, surge a necessidade de um olhar abrangente e proativo que considere os desafios, soluções inovadoras e a responsabilidade compartilhada na busca por um futuro sustentável.

De acordo com a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), os dados sobre resíduos sólidos da mineração em Minas Gerais são provenientes de 280 empresas. Assim, o mais recente inventário, mostra que 82,98% desses empreendimentos realizam lavra a céu aberto. As unidades operacionais em áreas de mineração representam 6,38%.

A Região Central concentra 33,57% das empresas, enquanto o Sul de Minas tem 18,93%. O inventário registra 132 municípios. O total de resíduos no período do estudo foi de 466.986.097,971 toneladas, destacando-se sucata metálica (31,91%) e resíduos sanitários (24,85%). A saber, os dados embasam a gestão de resíduos no estado, alinhada à Lei nº 18.031. 

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Panorama Atual:

Diversidade e Volume:

A indústria mineira gera uma ampla gama de resíduos, desde perigosos (produtos químicos, tintas, óleos, baterias) até não perigosos (papel, plástico, metal, madeira). Dessa maneira, estima-se que a produção anual de resíduos industriais em Minas Gerais ultrapasse 10 milhões de toneladas, equivalente a aproximadamente 2 toneladas por habitante. Assim, essa diversidade exige protocolos específicos para cada tipo de resíduo, pois cada um apresenta riscos particulares ao meio ambiente e à saúde humana.

Classificação:

  • Classe I: Resíduos perigosos com alto risco à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo rigoroso controle e procedimentos especiais para descarte (ex: medicamentos vencidos, embalagens contaminadas com produtos químicos).
  • Classe II: Resíduos perigosos com médio risco à saúde pública e ao meio ambiente, necessitando ainda de cuidados específicos para o descarte seguro (ex: tintas e solventes usados).
  • Classe III: Resíduos perigosos com baixo risco à saúde pública e ao meio ambiente, mas demandando atenção para evitar impactos negativos (ex: resíduos de amianto ou óleos lubrificantes usados).
  • Classe A: Resíduos não perigosos recicláveis ou reutilizáveis, com potencial de reinserção na cadeia produtiva (ex: papel, metal, vidro).
  • Classe B: Resíduos não perigosos que devem ser dispostos em aterros sanitários com controle adequado (ex: resíduos orgânicos, plásticos contaminados).
  • Classe C: Resíduos não perigosos inertes, com menor potencial de impacto ambiental, mas que ainda requerem atenção para o descarte controlado (ex: concreto, tijolos).

Impactos Ambientais e à Saúde:

O descarte inadequado de resíduos industriais pode ocasionar graves consequências:

  • Contaminação do solo e da água: A infiltração de metais pesados e substâncias químicas no solo compromete a fertilidade e contamina a água subterrânea, fonte essencial para consumo humano e atividades agrícolas. Dessa maneira, o lançamento de efluentes industriais sem tratamento nos rios e mares causa a morte de espécies aquáticas, desequilibra o ecossistema e torna a água imprópria para diversos usos.
  • Contaminação do ar: A emissão de gases poluentes provenientes da queima inadequada de resíduos ou processos industriais contribui para o efeito estufa, intensificando as mudanças climáticas, além de causar problemas respiratórios na população.
  • Doenças: A exposição direta ou indireta a resíduos perigosos pode provocar doenças respiratórias, dermatológicas, cancerígenas e até mesmo neurodegenerativas, afetando a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

Desafios Persistentes:

  • Infraestrutura Insuficiente: A infraestrutura para tratamento e destinação final dos resíduos industriais em Minas Gerais ainda é insuficiente, especialmente em áreas mais remotas do estado. A falta de aterros sanitários adequados e centros de tratamento específicos para resíduos perigosos representa um desafio significativo para a gestão eficiente.
  • Falta de Conscientização: Nem todas as empresas se conscientizam da importância da gestão adequada dos resíduos, negligenciando os impactos ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, a falta de conhecimento sobre os riscos e responsabilidades legais contribui para o problema.
  • Custos Elevados: O investimento em tecnologias limpas, na segregação na origem e na destinação final ambientalmente correta dos resíduos pode ser elevado para algumas empresas, especialmente as de menor porte. Dessa forma, tornando a gestão adequada um desafio financeiro.
  • Informalidade: A grande quantidade de empresas que operam na informalidade dificulta a fiscalização. Assim, o controle da geração e descarte de resíduos industriais cria um ambiente propício para práticas inadequadas. 

Caminhos para um Futuro Sustentável:

Conscientização:

  • Ações educativas: Palestras, workshops e campanhas de conscientização para empresas

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A Inovar Ambiental

A Inovar Ambiental acredita que o correto gerenciamento de resíduos não deve levar em conta apenas os acidentes decorrentes dos efeitos imediatos. Riscos com efeitos de longo prazo também devem ser igualmente considerados nesse trabalho, assim como uma coleta periódica e a observância do grau de toxicidade de cada tipo de substância.

Localizada na cidade de Santa Luzia em Minas Gerais, a Inovar Ambiental tem a sustentabilidade como seu norte. Destinar um resíduo de forma correta é, acima de tudo, um ato de amor ao meio ambiente, à saúde pública e às próximas gerações. Confira mais sobre a Inovar Ambiental visitando nosso site, Facebook e Instagram.

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